17 de agosto de 2009

Um presságio.

Um canto ecoou,
kunumï se alevantou,
arrudiou a oka,
e no alto da catingueira,
a akoã avistou.

Cantou leve,
disparado,
agouro anunciou
Kunumï assustado,
do significado do canto,
aprendido do seu avô.

Tomou o prumo de casa,
À mãe foi falar,
Que akoã estava cantando,
era preciso se defumar.

Pega o pau.
Uma brasa brilha,
no interior do cachimbo,
saúda os quatro ventos.
O mal foi despedido.

Kunumï volta a brincar,
no embalo funebre da akoã,
que não para de cantar,
a espera que o hoje passe e venha o amanhã.

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