11 de agosto de 2009

A senhora
Outro dia sair de casa avexado, dizia meu amigo, ele é desses caras que não gosta muito de ligar para o que as pessoas vão pensar dele, seja por sua opção política ou mesmo filosófica, o que importa para ele é que não se mantém neutro na sociedade. Para ele o que importa é viver a liberdade! Sim, voltando para o caso, eu ia contando o lance de você sair de casa e tal, quer dizer meu amigo, ia dizendo, que saiu de casa, na pressa de pegar o ónibus do outro lado da rua, que é a rua que fica depois do quarteirão do seu condomínio, que para isso tem que atravessar quatro faixas, dessas pintadinhas de branco no chão, então, lá vai meu amigo, ao entrar no elevador nem deu boa tarde direito, passou pelo pipoqueiro quase leva o instrumento de trabalho do seu... ããh. Ih deixa para lá esqueci o nome do pipoqueiro, bem, ai chegar na calçada. Para. Olha. Ónibus passa. Outro desse. Outro sobe. Chega uma senhora. Com outra senhora. As duas pareciam duas fofoqueiras, mas não eram, só louvavam a vida alheia. Que tem de mais? (...) Nesse interim uma diz: - Mulher esta avenida é perigosa, visse? A outra olha para ela e com cara destemida. - É perigosa, proque o povo num sabi andar na rua, muler!
- Olhe eu é atrasada, visse! Comenta a primeira com segunda e arrasta-a para o centro da pista. Nisso o ónibus vem em grande velocidade, como sempre anda no centro do Recife, justamente para vencer o povo mal educado - dizia meu amigo - que se aglomera na calçada e quando tem uma brechinha, tomam a avenida, obrigando o condutor parar sua caixa metálica. E assim, as senhoras no meio das duas pistas. Uma que sobe e outra que desce. E meu amigo na calçada esperando o sinal feixar subtamente. O ónibus desceu, para ele - meu amigo - seria só mais um ónibus, mas não, aquele foi O ónibus. Pois, pegou as duas senhoras peso pesado, assim, como a tia Zefinha, do meu amigo que faz um docinhos maravilhosos, e lançou da parada A à B. Não teve jeito, foi traumatismo. Final das contas: motorista preso, passageiros tiveram que pegar outro ónibus e as duas famílias, ficaram sem receber o dinheirinho mensal do INSS, observação do meu amigo. E ai ficou eu aqui pensando, como sempre faço, é raro, mas faço uma vez ou outra. Como pode? As pessoas sabem que calçadas são locais para passagem de pedestres, mas querem disputar espaço com as caixas metálicas? Eu sei que as essa avenida é horrível para os dois passantes, pedestre x automóveis. É um horror, mas se fazermos como as senhoras não pararndo no sinal de acordo como manda o palhaçinho de transito. Vamos levar um apitaço e vamos sair perdendo, vida, amigos e o prazer da fofocar em baixo do semáforo. Esse meu amigo vem com cada história, viu?
Salve a Liberdade!

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